A feira já estava sendo estudada há meses pela Prefeitura e integra o projeto de revitalização do terminal do bairro, mas teve sua inauguração antecipada para o último sábado (2).
O município optou pela antecipação devido à paralisação nacional dos caminhoneiros e o desabastecimento de combustível, que afetou também os agricultores pelo fato de encontrarem dificuldades para dar destinação aos seus produtos. Assim, as secretarias da Agricultura, Fazenda e Governança, em parceria com a Vigilância Sanitária, EMATER, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e o Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal deram o pontapé inicial, criando alternativas para os produtores do nosso interior, fomentando a economia local.
Secretário da Agricultura, Alexandre Meneguzzo, a professora Carmen Valentini e o Prefeito Fedoca. Foto: Carlos Borges |
O secretário da Agricultura, Alexandre Meneguzzo, destaca que a primeira edição da feira contou com 16 agricultores que viram a oportunidade de comercializar seus produtos, mas a expectativa é que o número de expositores aumente nos próximos finais de semana. “Apesar do tempo chuvoso, vemos o resultado que teve esse movimento em que vocês acreditaram e apostaram. Chegaram a faltar produtos em algumas bancas. Essa feira não vai beneficiar só vocês que estão aqui, mas toda agricultura de Gramado vai enxergar a iniciativa de outra forma. A feira está aberta a todos”, comentou o secretário aos participantes.
Agricultores e comunidade aprovam a iniciativa
Marcia Fink, moradora do bairro, ficou feliz com a iniciativa e, devido ao sucesso, acredita que a feira já deveria existir. “Os colonos têm que ser prestigiados, os produtos são de qualidade e nós, da comunidade, só ganhamos”, disse ela.
Eliézer Nascimento de Lima possui 500 galinhas em sua produção na Serra Grande, e para a feira levou cerca de 70 dúzias de ovos. Mesmo antes do evento chegar ao fim, ele já havia comercializado tudo. “Se tivesse trazido mais, com certeza teria vendido também”, salientou.
Integrantes do grupo que entrega produtos para merenda escolar, Davi Rama e a esposa Beatriz Ecker Rama, da Linha Bonita, elogiaram a nova proposta. “A feira é mais uma renda para o produtor. Por ser a primeira vez, ela foi ótima, vendemos muito bem. Foi o momento certo de começar”, avaliou.
A professora Carmen Valentini se reveza entre Florianópolis e Gramado desde o ano passado, quando comprou um apartamento no Jardim Bela Vista. Ela acompanha tudo que acontece na cidade, soube da feira pelo WhatsApp e não perdeu a oportunidade de conhecê-la e fazer compras para a sua casa.
“Esse tipo de iniciativa, de aproximar o produtor do consumidor, das pessoas respeitarem a produção, é louvável! Não é nem pelo valor financeiro, é mais pela convivência com as pessoas. A gente que mora em cidade grande não vive esse conceito de comunidade. Aqui a gente conhece as vivências, as dificuldades das pessoas, sabe o que ao agricultor passou para trazer este alimento”, ressalta.
Os produtos ofertados
Verduras, hortaliças, frutas, laticínios, embutidos e pães fabricados são alguns dos produtos ofertados na Feira do Produtor da Várzea Grande. Todos os produtos comercializados são legalizados. Os artigos de agroindústria são originários de empreendimentos participantes do Programa Gramado Colônia, que auxilia na sua legalização.
O Programa, implantado em dezembro de 2017, tem o objetivo de ampliar o auxílio à agricultura familiar e ao desenvolvimento da produção rural pela agregação de valor às matérias-primas. Ao aderirem ao Gramado Colônia, os produtores recebem incentivo para a formalização dos empreendimentos e apoio para divulgação e comercialização dos produtos.
A Feira do Produtor da Várzea Grande soma-se aos espaços de feira já existentes na Praça das Etnias e Cooperativa Planalto.
Fonte:
Marlova Martin
Jornalista MTb 16306
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