quarta-feira, 16 de junho de 2021

Armas tornam todos iguais

Confraria das Mulheres, Elas de 9mm.


Os números da segurança pública indicam que mulheres e idosos são as vítimas preferenciais dos bandidos. Elas são fisicamente mais frágeis e, portanto, estão mais expostas aos criminosos. Agora, uma mulher ou um idoso armado, transfere o elemento surpresa do bandido para a vítima. Ninguém, ou poucas pessoas, imagina um idoso ou uma mulher armada.
Não faltam exemplos para ilustrar isso. Em 2012, em Caxias do Sul, uma idosa de 88 anos matou um ladrão que invadiu a sua casa durante a noite. Em 2014, um senhor de 79 anos atirou seis vezes contra um bandido que forçou a porta da sua em casa, em São Leopoldo.
'É claro que não defendo o uso indiscriminado de armas', afirma a Vereadora Comandante Nádia de Porto Alegre/RS - primeira mulher da história a comandar um batalhão da Brigada Militar. 'É preciso se preparar tecnicamente e psicologicamente; o cidadão tem que se sentir confiante e apto a usar uma arma, seja revólver ou pistola. Infelizmente, além desses dois requisitos, o cidadão de bem ainda precisa superar uma série de trâmites legais e burocráticos para ter o direito de portar uma arma. Já o criminoso tem acesso fácil e rápido ao armamento que desejar', completa.
Pensando na parte técnica, ela criou a Confraria das Mulheres, Elas de 9 Milímetros. É um espaço virtual (grupo fechado nas redes sociais) e presencial no qual ela fala sobre defesa pessoal, a preparação técnica, os tipos de armas, cursos, custos, legislação e tudo que envolve armamento e segurança. 'Com 28 anos de experiência na Brigada Militar, conheço todos os lados: policial, bandido e cidadão de bem', explica a Comandante Nádia.
O curso inicial, em escolas de tiro parceiras (em todo o Estado), tem como finalidade o primeiro contato da mulher com uma arma e, obviamente, a munição; uma espécie de familiarização. Alguns gostam e passam a praticar tiro nos estandes, outros vão além, e desejam legalmente ter uma arma para estarem preparados a defender a sua família e o seu patrimônio, e também a terceira via “isso não é pra mim”, que deve ser respeitada. Sobretudo, em primeiro lugar a liberdade de escolha.
'Posso garantir que os cursos são momentos de aprendizado e de muita responsabilidade com técnica e preparação', explica Nádia.
Portanto, o objetivo final é preparar o cidadão de bem a não ser subestimado por ninguém. A igualdade de forças pode ser igual ou superior a de um criminoso. O elemento surpresa deve estar ao nosso lado.
Quem quiser fazer parte da Confraria Elas de 9 Milímetros, contate Daniela no 51. 9.9912.9370.

QUEM É COMANDANTE NÁDIA
Nádia Rodrigues Silveira Gerhard é natural de Porto Alegre, é casada e mãe de três meninos. Formada em Letras, já foi professora, com especialização em psicologia escolar.
Hoje é Tenente-Coronel da Brigada Militar com uma trajetória profissional pioneira na instituição. Foi a primeira mulher da história a comandar um batalhão da Brigada Militar. Ela assumiu o 40.º BPM, sediado em Estrela, e com responsabilidade administrativa e operacional em 11 municípios do Vale do Taquari.
Em 2012 implementou e coordenou a Patrulha Maria da Penha no Rio Grande do Sul, projeto ousado e pioneiro em âmbito nacional. Sobre este tema, palestrou em vários estados brasileiros e no exterior, em cidades como Quito, no Equador, e em Washington, nos Estados Unidos.
Em 2013, recebeu o prêmio Troféu Guri, homenagem feita anualmente a 10 personalidades que levaram o nome do nosso Estado além das fronteiras do RS.
É autora do Livro “Patrulha Maria da Penha, o impacto da ação da Polícia Militar no enfrentamento da violência doméstica”.
Em 2016 elegeu-se vereadora na Capital dos Gaúchos. Em 2020, repetiu o feito, sendo a 4.ª mais votada entre os 36 eleitos. Como parlamentar, tem se dedicado a temas voltados nas áreas da segurança pública, economia, educação e cultura.
Assim como nos tempos de militar, a Vereadora Comandante Nádia não foge dos embates. Entre tantos projetos, destaque para o mais recente: a disponibilidade de remédios para tratamento imediato contra o coronavírus. Fez articulações de gabinete em gabinete e enfrentou a oposição ferrenha da bancada da esquerda. O resultado foi avassalador: aprovação com 23 votos favoráveis. A notícia correu o Rio Grande do Sul e muitos municípios ainda pedem o modelo do projeto de lei.
Atuante durante toda a pandemia que ainda enfrentamos, a Comandante foi às ruas pedir alimentos para quem mais precisa. E a resposta da população foi imediata. Em uma tarde quente, se vestiu de noivo e foi para a esquina arrecadar comida para os trabalhadores do setor de eventos. Foi um sucesso! Trabalhou forte para reabrir as escolas em Porto Alegre... e conseguiu!
Foi a Brasília em busca de recursos para o Hospital Conceição. E aproveitou para falar sobre as perspectivas de 2022 com o presidente Bolsonaro.

Fonte:
Assessoria de Imprensa da Vereadora