A clínica Intelimagem Medicina Diagnóstica, com unidades em Gramado e Canela, está promovendo a campanha “Outubro Rosa Intelimagem: Prevenção é para quem tem peito”, a qual abordará, além do tema da prevenção, o combate à disseminação de fake news (notícias falsas) sobre o câncer de mama. A campanha envolverá encontros com a imprensa e formadores de opinião nas unidades da Intelimagem, para desmistificar o assunto, além da produção de conteúdos nas redes sociais e materiais informativos que serão distribuídos entre os pacientes.
“Nos últimos anos, a fake news mais propagada sobre o tópico tem sido a de que o exame de mamografia causa câncer de tireoide, desinformação que pode retardar o diagnostico de uma doença potencialmente curável, quando detectada precocemente”, observa a Dra. Ana Luisa Hanke, médica radiologista da Intelimagem e especialista em saúde da mulher.
Segundo a doutora, não existem dados consistentes de que uma paciente submetida a um exame de mamografia tenha risco aumentado para câncer de tireoide, de acordo com informações fornecidas por entidades como o Colégio Brasileiro de Radiologia, a Sociedade Brasileira de Mastologia e a Federação Brasileira de Ginecologia e obstetrícia. “A dose de radiação recebida na tireoide durante uma mamografia é extremamente baixa, inferior a 1% da dose recebida na mama, o que é igual a 30 minutos de exposição à radiação proveniente de fontes naturais. Logo, o risco de se desenvolver câncer de tireoide após uma mamografia é menor que um caso a cada 17 milhões de pacientes que realizarem o exame anual, na faixa entre 40 e 80 anos”, afirma, acrescentando que na mamografia moderna, há uma exposição insignificante para outros locais que não seja a mama.
Entre as demais fake news que serão objeto da campanha da Intelimagem estão as de que desodorantes em geral causam câncer de mama, que batidas no seio causam a doença e que o próprio exame ou a compressão causada na mama durante a mamografia causaria o câncer. “Outra notícia falsa bastante difundida é a ideia de quem procura acha, ou seja, que não se deve realizar a mamografia para não correr o risco de detectar a doença, o que é extremamente prejudicial para a saúde das mulheres”, comenta a Dra. Ana Luisa Hanke. Segundo ela, por conta desta desinformação, muitas mulheres podem considerar não realizar a mamografia, reduzindo as chances de se detectar o tumor de mama em fase inicial, quando pode se oferecer a possibilidade de cura e tratamentos menos agressivos. “Por tudo isso destacamos a importância de combater a disseminação de fake news, oferecendo canais para que a população obtenha informações fidedignas a respeito do que esté sendo veiculado nas mídias sociais”.
Da esquerda para a direita: Dra Viviane Rigotti, Dra Fernanda Tacaci Michelis, Dra Ana Luísa Hanke e Dra Marjorie Manente |
Mais informações sobre o assunto
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) divulgam uma nota de esclarecimento em resposta as fake news que disseminam de maneira irresponsável informações distorcidas sobre a detecção e diagnóstico do câncer de mama:
• O câncer de mama é o tumor mais frequentes entre as mulheres e a principal causa de morte por tumor no Brasil e no mundo. Entretanto, no Brasil, diferentemente dos países desenvolvidos, a mortalidade pelo câncer de mama continua aumentando.
• A causa do contínuo aumento da mortalidade é a falta de programas de rastreamento adequados ou a baixa adesão da população aos programas oferecidos – principalmente devido à falta de informação ou então acesso a informações distorcidas, como estas recentemente veiculadas. Também se deve a falta de acesso em tempo hábil aos tratamentos recomendados.
• Deve-se enfatizar que a mamografia é o único exame que, quando realizado de maneira sistemática a partir dos 40 anos em mulheres assintomáticas, comprovadamente leva a uma redução da mortalidade pelo câncer de mama. Isso foi demonstrado através de grandes estudos realizados em mais de 500 mil mulheres, sendo observado uma redução da mortalidade que variou entre 10% a 35% no grupo de mulheres submetidas ao rastreamento em relação às que não eram submetidas.
• Dessa forma, as principais sociedades médicas no Brasil e no mundo são unânimes em recomendar o rastreamento mamográfico para as mulheres assintomáticas, iniciando a partir dos 40 anos ou 50 anos (dependendo do país), com uma periodicidade anual ou bienal (também variando em alguns países). No Brasil, as sociedades médicas recomendam o rastreamento mamográfico anual para as mulheres entre 40 a 75 anos.
• O autoexame detecta o tumor quando o mesmo já está em uma fase adiantada, não tendo estudo que comprove qualquer benefício para a redução da mortalidade, não devendo ser adotado como método de rastreamento.
• O risco de câncer radioinduzido é extremamente baixo, tendo em consideração as doses de radiação envolvidas em cada exame. E não existe estudo que demonstre que os riscos excedem os benefícios, na faixa etária recomendada.
• Citação de absurdos como “uma biópsia leva a desenvolver câncer” foge a compreensão de qualquer médico com um mínimo de conhecimento na área oncológica.
O Ministério da Saúde disponibiliza um número de WhatsApp para envio de mensagens da população. Trata-se de um espaço exclusivo para receber informações virais, que serão apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira. Qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais, para confirmar se a informação procede, antes de continuar compartilhando. O número é (61) 99289-4640. Além disso, o Conselho Nacional De Tecnicos Em Radiologia (Conter) se disponibiliza a esclarecer, ou direcionar as instituições competentes, pelo e-mail conter@conter.gov.br.
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